quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O Majestoso Rei das árvores brasileiras

Clique em cima da foto, para que vc possa ampliá-la.


Amigos, queria compartilhar com vcs, um dos melhores e mais belos espetáculos da natureza:
O jequitibá milenar do parque estadual de Vassununga, em Santa Rita do Passa Quatro-SP, uns 55 km de Leme-SP.
O Jequitibá Rosa está localizado num local de fácil acesso, praticamente ao lado da Rodovia Anhanguera. De acordo com cientistas, a estimativa da idade do Jequitibá é de mais de 3000 anos de idade. Ou seja, quando Cristo nasceu, esse Jequitibá já era milenar.
Creio, que todos deveriam conhecer essa árvore, que possui 49 metros de altura, e 16 metros de circunferência. Sendo necessários 10 homens adultos para abraçar seu tronco imenso.
Pense bem, não é tão longe. Santa Rita do Passa Quatro é perto de Leme. Vá no fim de semana, pois o parque fica aberto das 09:00 até às 17:00, e o melhor de tudo: é de graça!
Quem ainda é vivo, corra para ver, e por favor, quando estiver lá, pare e pense: quantos iguais a este existiram em nossa região?
Afinal, estamos numa região que no passado era domínio de árvores gigantes da mata atlântica em transição com o cerrado.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vamos Consumir Menos?


Consumir menos também é uma atitude ambiental. Antes de consumir algo, pare e faça esses questionamentos interiores:

Eu necessito disso com urgência?

Eu realmente vou utilizar?

Se eu consumir isso, vou prejudicar alguém?

Se eu comprar isso, vou ter dinheiro para honrar outros compromissos?

Eu estarei poluindo mais se adquirir este produto?

Faça esses questionamentos, antes de comprar algo por impulsão.
Muito de nossa natureza é destruído, para satisfazer egos e vontades humanas, que caracterizam o supérfluo desta atitude.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O Templo do Consumo em Tempos de Consumo

Um ano atrás, eu escrevi um artigo no meu outro blog PseudoGeo, onde eu discorri sobre os Shopping Centers, que são considerados, hj em dia, os Templos do Consumo, o Vaticano do Consumismo, a Meca dos consumidores.
É uma temática interessante, pois, hj a nossa sociedade consome muitas coisas não por necessidade, mas por prazer, o que de fato prejudica a natureza, porque nunca antes na história do mundo o ser humano explorou tanto os recursos naturais em vão e por ganância.

Fica a dica de leitura.

Abraços
Deni


O Templo do Consumo

Faz tempo que não posto neste espaço, desculpem-me pela demora, digamos que eu estava sobre a 'maré' de não sei o que postar. Mas hoje a noite, li um artigo de uma professora (Silvana Pintaudi) sobre os Shopping Centers, e resolvi discorrer um breve texto
a respeito destes espaços de consumos tão comuns, hoje em dia, nas nossas vidas de urbanóides perdidos no tempo e espaço.

Primeiramente, quero deixar claro que o Shopping Center, assim como o Supermercado, é um espaço concentrador de territórios e capital. What?! Falando em português claro, esses locais onde compramos as nossas roupas, presentes para os familiares e outros, em qu

e saboreamos um bom e calórico fast-food, ou seja, onde torramos o nosso $$$ é na verdade uma junção, em apenas um lugar, das lojas de roupas que haviam no centro, das joalherias que se concentravam na rua principal da cidade, dos cinemas que em outrora eram a diversão e espaço de namoro nas áreas centrais urbanas e dos restaurantes das mais diversas culinárias nobres, além das redes extrangeiras de fast-food com grande apelo marqueteiro. No que se refere a concentração de
capital ($$$ e bens), subentendemos que a concentração territorial dos mais diversos tipos de lojas, restaurantes e cinemas, etc., implica numa grande concentração de dinheiro em um espaço determinado, o próprio Shopping.
Nossa, que coisa mais óbvia não?! Pois é, também acho, mas voc
ê nunca pensou que um Shopping Center pudesse ser um espaço que redesenhasse as relações sociais entre as pessoas?
Vou explicar. Antigamente, as pessoas das classes menos favorecidas às muito favorecidas, costumavam comprar o tecido para se fazer a vestimenta numa loja de tecidos, geralmente localizada no centro. Quando se queria uma roupa de griffe, recorria-se a um costureiro famoso, ou seja, a roupa com nome da alta costura lhe garantia status. O antigo centro da cidade era especializado em atender a todos os tipos de classes econômicas e sociais, ocorria a "mi
sturança" do rico e do pobre na mesma calçada, e o Shopping Center, a princípio, vem para mudar isso com a intenção de atrair as pessoas mais endinheiradas e da classe média. E o resto?! É resto! Que continuem consumindo na 25 de Março da vida, no Saara da pqp e da 13 de Maio dos infernos.

Sim, o 1º Shopping Center do Brasil, o Iguatemi, se instalou em São Paulo, no ano de 1966, próximo a Avenida Paulista e a Rua Augusta (rua das lojas de griffes, hoje em dia das meretrizes), a intenção dos empreendedores era atrair o público chic e sofisticado do centro de São Paulo, o objetivo foi alcançado, e logo as áreas ao redor do Iguatemi, que eram residenciais, começaram a se valorizar e foram sendo compradas por bancos, e para a construção de edifícios vesticais (prédio de vários andares), o poder público teve que agir e melhorar as vias de acesso ao Shopping, portanto, dinheiro público foi gasto para melhorar o acesso a
os clientes ricos e aumentar o lucro dos donos do estreante templo de consumo em terras tupiniquins.
Como vimos, o Shopping separou o joio do trigo, pobres e ricos, mas vamos ressaltar a data, o Iguatemi foi construído em 1966, porém os Shoppings começaram a se espalhar pelo Brasil somente na década de 1980, exatamente "a década perdida" (tempo de crescimento econômico baixo ou negativo). Eita! Como?! Se o Brasil tava numa crise econômica ferrenha na década de 1980, e Shopping é lugar de gastar dinheiro, como é que ele se esp
alha para outros lugares? Meninos e Meninas, não sejamos ingênuos, a crise brasileira só aconteceu nas classes menos favorecidas por $$$, enquanto que a as classes ricas pouco sofreram, para mel
hor exemplificar colocarei um trecho da Pintaudi:

"É nessa situação socioeconômica (década perdida), que surgem e desenvolvem os Shopping Centers no Brasil. À primeira vista, uma contradição, quando se sabe que a maior parte da sociedade é constituída de pobres e miseráveis, sem a menor condição de participar com a riqueza criada [na década de 1970, no chamado "milagre brasileiro",
quando o país chegou a crescer a taxas de 11%]. Mas esses 'templos' não foram construídos para a grande maioria, e sim para poucos que se situam em estratos mais elevados. Pensando bem, falar em 20% da população economicamente ativa detendo 64% da renda nacional (riqueza do país), em 1986, estar falando em mais de 20 milhões de brasileiros, o que não é um mercado desprezível"


Na década de 1990 em diante, o poder dos Shopping Centers se tornaram tão forte, pois, o processo de concentração e centralização do capital se tornou maior, que eles monopolizaram a distribuição das mercadorias e passaram a ditar o preços e a dar ordens para as indústrias produtoras de suas mercadorias. Com esse domínio econômico, os SC começaram a abranger as classes menos abastadas, mas não as miseráveis, a massificação do consumo ocorre graças à multiplicidade de mercadorias criadas para atender aos mais variados grupos, volto a repetir: menos os pobretões.
O consumidor já não é mais o comprador de 50 anos atrás, ele, cada vez menos, compra um produto que lhe dê status, mas para que lhe dê prazer, pois ele é bombardeado de propaganda na TV e nas ruas, sofre uma lavagem cerebral, que o leva a consumir, os Shopping Centers passam a adaptar o seu ambiente para criar uma esfera de felicidade. Hoje em dia, o lazer das pessoas d
e cidades grandes e médias é ir pro Shopping. Parques? Praças? Museus? Teatros? Que nada, o Shopping é a diversão do momento, o templo do consumo, o casa de oração do religioso rico e emergente consumista. O lugar da alienação.
Para finalizar acrescento estas palavras do saudoso Milton Santos no livro "Globalização e Agricultura" da autora Denise Elias:

"Historicamente, o consumo transformou-se no verdadeiro ópio, substituindo gradativamente o tradicional papel desempenhado pelas religiões. Enquanto estas se alicerçam na fé para difundir seus códigos de convivência social, o consumo instala sua fé por meio de objetos, que são a própria ideologia, quer pela sua presença imediata, quer pela promessa ou esperança de obtê-l
os um dia. O poder do consumo é tão contagiante que passa a representar um papel motor e perverso na sociedade atual, transitando pelo próprio aprendizado e condicionamento social do consumo. O consumo tem sua própria força ideológica e material, alimentado-se das práxis individuais e coletivas experimentais no processo cotidiano de vida: o trabalho, a casa, o lazer, a educação, a saúde, etc."


Budismo e meio-ambiente

Como um seguidor iniciante do budismo, eu deixo aqui um vídeo que foi produzido pela série "Sagrado", em que um monge budista comenta brevemente sobre a natureza/meio-ambiente.
Vale a pena ver.

Topofilia verde?

Creio que essa deve ser sua primeira pergunta: "Topofilia verde?"
A priori soa estranho, mas depois de explicado, vc entenderá.Vamos começar? ¡Síganme los buenos!Topofilia é um conceito criado pelo Geógrafo Chinês Yi-Fu Tuan este que você vê abaixo:

Mas, continuando, Topofilia é o conceito que explica os sentimentos positivos que possuímos em relação a um lugar. Sim amigos, vc sabem o que é isso. Sabe aquele sentimento que temos de "gostar" de um determinado lugar, por exemplo: a casa da mãe, o sítio dos parentes, a cidade em que nasceu, a praia, o campo, etc. Ou seja, como dizem as palavras de Tuan "o elo afetivo entre a pessoa e o lugar ou ambiente físico", isso é TOPOFILIA.
Agora se seu pensamento foi além, e pensou em lugares que vc tem repulsa, como a casa da sogra (kkkk), o local do emprego que vc detesta, Brasília, Paço Municipal Lemense (com exceção do atual prefeito e compadrios), essas coisas, vc estará tendo Topofobia, que é a aversão a determinados lugares.
Bem, e agora o que tem a ver o verde?
O Verde é utilizado aqui mais como um símbolo das questões ambientais, nesse ponto soa até meio clichê, mas creio que essa simbologia ainda funcione e caia bem na hora de compreender a função do ecologicamente e/ou ambientalmente correto.
Sim.....vamos jogar na verde, ou melhor, vamos finalizar a ideia.
Topofilia Verde = Gostar do lugar, no caso, os nossos lugares preferidos, e isso é particular a cada um, e transformar e/ou manter esse lugar num ambiente ecologicamente correto. Entendam como quiser, mas a principal ideia aqui, é tentar fazer com que vc reflita em como deixar os seus lugares preferidos em ajuste com a natureza, mas a questão vai mais adiante, qualquer lugar que gostemos, ele estará conectado a todos os lugares, formando os espaços urbanos, rurais, os estados, países, continentes e consequentemente: Gaia - a Terra.
Indo mais além, devemos desenvolver Topofilia em relação à Terra.
Sejamos topofilíacos verdes com o meio-ambiente terreste.